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Como o uso dos pesticidas pode aumentar o risco de doenças hepáticas

O tecido hepático é alvo de pesquisas devido à sua importância fisiológica, no controlo de diversas vias metabólicas no nosso organismo. Desta forma, a integridade histológica e as suas funções deve ser levada em consideração para o nosso equilíbrio orgânico (1,2).

Entretanto, algumas substâncias tóxicas podem prejudicar as funções hepáticas, aumentando o risco de desenvolvimento de diversas doenças. Uma análise conduzida em células de animais expostos a um pesticida muito utilizado na agricultura para redução de pragas – identificou mudanças histológicas - incluindo necrose hepática -, confirmando sua actuação hepatotóxica. Com base neste resultado, os autores enfatizam que o seu uso em larga escala deveria ser proibido (3).


Numa outra análise, realizada em modelo celular de humanos, observou-se que alguns compostos utilizados na agricultura-incluindo o glifosato, que é utilizado em grande quantidade na produção de soja-conferem toxicidade e para complementar, um outro estudo conduzido com hepatócitos mostrou que a exposição aos pesticidas reduziu a capacidade de oxidação lipídica, bem como aumentou a predisposição de lipogénese. Este dado sugere que a exposição a estas toxinas favorece o acúmulo de gordura no tecido hepático, sendo um gatilho para a esteatose (4,5).


Diversas condutas nutricionais podem ser aplicadas para minimizar os impactos negativos dos pesticidas e melhorar a saúde hepática. Podemos ressaltar a importância dos compostos bioativos e nutrientes antioxidantes e anti-inflamatórios – encontrados em grande quantidade em frutas, verduras e legumes.


Além desta importância, devemos reduzir a exposição aos pesticidas, com um simples ato de consumir mais alimentos biológicos. Com esta atitude, teremos mais vitalidade, além de contribuirmos com a natureza, economia e a saúde de pequenos produtores.


Referências Bibliográficas


1 - KARAMI-MOHAJERI, S.; AHMADIPOUR, A.; RAHIMI, H.R. et al. Adverse effects of organophosphorus pesticides on the liver: a brief summary of four decades of research. Arh Hig Rada Toksikol; 68(4): 261-275, 2017.


2 - MUHAGIJA, J.A.M.; CHIBURA, P.E.; LUGWISHA, E.H.J. Residues of pesticides and metabolites in chicken kidney, liver and muscle samples from poultry farms in DAR es Sallam and Pwani, Tanzania. Chemosphere; 193:869-874, 2018.


3 - ULLAH, S.; LI, Z.; HASAN, Z. et al. Malathion induced oxidative stress leads to histopathological and biochemical toxicity in the liver of rohu (Labeo rohita, Hamilton) at acute concentration. Ecotoxicol Environ Saf; 161:279-280, 2018.


4 - FORSYTHE, S.D.; DEVARESETTY, M.; SHUPE, T. et al. Environmental toxin screening using human-derived 3D bioengineered liver and cardiac organoids. Front Public Health; 6:103, 2018.


5 - HOWELL, G.E.; MCDEVITT, E.; HENEIN, L. et al. Alterations in cellular lipid metabolismo produce neutral lipid accumulation following exposure to the organochlorine compound trans-nonachlor in rat primary hepatocytes. Environ Toxicol; 2018. doi: 10.1002/tox.22583.


Por: Diana Sanches: Nutricionista do clube de saúde Kalorias Linda-a-Velha membro efetivo da Ordem dos Nutricionistas nº3692N.

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