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Doença de Parkinson por Cláudio Lopes

Sou Cláudio Lopes, tenho 23 anos, sou formado na universidade de Évora e desempenho a função de Personal Trainer no Kalorias de Sines e Santiago do Cacém.

Escolhi o tema treino de força em pessoas com a doença de Parkinson por ser o segundo transtorno neuro degenerativo mais comum que afeta aproximadamente seis milhões de pessoas em todo o mundo, maioritariamente pessoas acima dos 60 anos. (Earhart & Falvo, 2013, cit in Roeder et al.,2015). Estima-se ainda que este número aumente nos próximos anos devido ao envelhecimento da população (Roeder et al., 2015; Paul et al., 2014).


Embora esta doença neurodegenerativa afete inúmeras pessoas a nível mundial, ainda não existe uma cura capaz de travá-la. Contudo existem alguns tratamentos que proporcionam um alívio dos sintomas, nomeadamente o uso de medicamentos, cirurgias cerebrais e o exercício físico (Nutt & Wooten, 2005, Earhart & Falvo, 2013, cit in Roeder et al., 2015).

Existem estudos que provam que a prática de exercício, em indivíduos com doença Parkinson, retarda a sua progressão, melhora a força muscular e algumas das suas capacidades funcionais (Fernandez, 2015).


Segundo Paul et al. (2014), a potência muscular é a junção entre a força e a velocidade de contração muscular, ou seja, é um reflexo da capacidade de uma pessoa usar os músculos rapidamente. Como os indivíduos com transtorno neurodegenerativo têm bradicinesia (lentidão nos movimentos) esta potência muscular torna-se bastante reduzida. Desta forma, é indispensável que as pessoas com doença de Parkinson façam trabalho de força.

Segundo a ACSM, é recomendado que os indivíduos portadores de doença de Parkinson realizem treino de força sub maximal e exercícios de resistência, em toda a estrutura corporal. Estes exercícios, devem ser realizados pelo menos dois dias por semana, com um dia de intervalo e duração de uma hora. Sendo imprescindível a supervisão de um profissional especializado.


Outros estudos científicos sugerem que o treino de força nos membros inferiores – através de Leg Press, Leg Extension e Leg Curl – são benéficos para indivíduos com DP (Cruickshank et al., 2015), ou seja, o treino de força nos membros inferiores é uma forma de melhorar o desempenho no equilíbrio e na mobilidade (Paul et al., 2014).


Conclui-se que, a integração do treino de força na vida de doentes portadores de Parkinson é imprescindível, sendo necessária a avaliação previa do estágio da doença no individuo para uma melhor adaptação do treino.


Referências


1. Cruickshank, T. M., Reyes, A. R., & Ziman, M. R. (2015). A systematic review and meta-analysis of strength training in individuals with multiple sclerosis or Parkinson disease. Medicine, 94(4).

2. Fernandez, H. H. (2015). 2015 Update on Parkinson disease. Cleveland Clinic journal of medicine, 82(9), 563-568.


3.Paul, S. S., Canning, C. G., Song, J., Fung, V. S., & Sherrington, C. (2014). Leg muscle power is enhanced by training in people with Parkinson’s disease: a randomized controlled trial. Clinical rehabilitation, 28(3), 275-288.


4. Roeder, L., Costello, J. T., Smith, S. S., Stewart, I. B., & Kerr, G. K. (2015). Effects of resistance training on measures of muscular strength in people with Parkinson’s disease: a systematic review and meta-analysis. PloS one, 10(7).

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