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  • KALORIAS

Alimentos e refeições. Qual a relação entre ambos

Em tempos os horários e as refeições diárias eram reguladas pelo nascer e pôr-do-sol, após a revolução industrial, a partir do século VIII, os horários e as refeições passarem a ser reguladas pelos rígidos horários laborais que passaram a definir a hora do dia a que se comia. E hoje como são controlados os horários e o tipo de refeições que fazemos?



Infelizmente são controlados por um ritmo de vida alucinante, que nem nos dá tempo de pensar o que podemos comer, quando e onde vamos comer e muitas vezes se conseguimos comer. Já acordamos com pressa para, levamos o dia a ter que fazer mais e quando chega a noite estamos tão cansados que nem comer apetece. Logo quantas refeições devemos fazer e que alimentos devem estar presentes em cada uma delas. Depende…


E depende do quê? Da nossa individualidade, dos nossos objetivos e infelizmente, muitas vezes devido à nossa condição de saúde, que nem sempre é a melhor, pois como diz o povo “mais tarde colhemos o que plantamos”.


Está enraizado que de manhã todos temos que comer uma refeição leve, pão, cereais e leite é o ideal. O almoço tem de ser uma refeição mais composta, carne ou peixe com arroz, batata ou massa e alguma salada, que normalmente não passa de alface e ou tomate, o lanche deve ser similar ao pequeno-almoço e o jantar uma cópia do almoço à qual se acrescenta sopa, mas nem sempre. Muitos de nos ainda bebemos um copinho de leite antes de dormir para a noite ser mais tranquila ou não.


E porquê? Porque é que cada uma destas refeições tem de ser feita desta forma e com estes alimentos? Porque queremos, porque somos resistentes à mudança e mesmo tendo a noção de que o que comemos em cada refeição do dia não é o melhor para nós, continuamos, pois é prático e mudar dá muito trabalho, tira-nos da nossa zona de conforto.


E quando alguém lhe diz, ao pequeno-almoço coma sopa, que pode ter pronta e é só aquecer, não perde tempo, coma fruta e um bom punhado de frutos gordos. Ao almoço coma sempre, mas sempre mesmo hortícolas frescos e de preferência da época, experimente novos sabores e dê um descanso à alface e ao tomate; coma carne peixe ou outras fontes de proteína como as leguminosas e hidratos de carbono de boa qualidade, dos que vem da terra e dos que não têm a mão do homem na forma como chegam ao consumidor. Desmistifique o lanche e coma comida de verdade, evite pacotes e embalagens de…Faça jantares leves mas nutritivos, onde os hortícolas devem estar em grande força.


Coma de acordo com as suas necessidades, desafie os seus gostos, afine o seu paladar, lave, arranje, descasque mais e desembale menos, coma sopa a qualquer hora do dia, faça da sua alimentação a base da sua saúde, sem crenças, sem preconceitos, sem medo de pensarem que é louco só porque decide comer uma salada ao pequeno-almoço, sopa a meio da manhã e faz questão da sua refeição do almoço e jantar serem compostos de alimentos frescos da época, locais e de preferência biológicos.


Coma, beba e essencialmente seja feliz e saudável! Para darmos o nosso melhor, temos que estar bem e para estarmos bem precisamos de estar bem hidratados, bem alimentados e descansados. Esta época que vivemos, deu-nos tempo e espaço para pensarmos nas nossas vidas e no que podemos fazer de melhor para potenciarmos o maior bem das nossas vidas a saúde. Não corra atrás do prejuízo.


Como tal o desafio é comer seja o que for e a que horas der jeito. O importante é comer, comer comida de verdade e ter uma alimentação consciente e consistente.

Para começar que tal uma sopa para amanhã ao pequeno-almoço ;)

Sem medo, experimente e vai ver que sabe tão bem!


Por: Ema Mateus Roupa - Nutricionista do clube de saúde Kalorias Sines e Santiago do Cacém, membro efetivo da Ordem dos Nutricionistas nº0702N.

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